sexta-feira, 25 de abril de 2014

Evolução Demi


A evolução de Demi Lovato desde "Don`t Forget", de 2008, até "Demi", em 2013

Demi Lovato está no Brasil e seus fãs estão enlouquecidos. Centenas de jovens permanecem acampados em frente ao hotel da cantora, entoando seus maiores hits, e gritando muito. Ela já realizou dois shows em São Paulo, com casa cheia, e se prepara para mais um. Depois ela ainda segue para outras cidades, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília. 
Pela quarta vez no país, Demi traz agora a Neon Lights Tour, que divulga seu último álbum,“Demi”, em 2013. Mais madura, mais pop, mais segura de si, Demetria passou por muita coisa até chegar aqui. Em 2008, com apenas 15 anos, estreou na indústria fonográfica com “Don’t Forget”, disco que trazia músicas sobre suas experiências da fase Disney Channel, porém, já com uma pitada de rebeldia. Na época, Demi mostrou suas composições a sua mãe, que respondeu: “Meu deus, vá para a terapia”. Quem ajudou Demi a entender e escrever o que se passava em sua mente foram os Jonas Brothers. Ali nascia o filme “Camp Rock”, que levou a pequena atriz da Disney para os holofotes do mundo.
No ano seguinte, já um pouco mais experiente (ou não), Demi lançou o segundo disco da carreira,“Here We Go Again”, mais uma vez, flertando bastante com o pop rock, sempre com uma pegada mais rock do que pop, inclusive no visual. A grande influência do trabalho foi John Mayer, que ajudou também a compor as faixas "World of Chances", "Love Is the Answer" e "Shut Up and Love Me". O trabalho foi bem recebido pelos fãs e pela crítica e estreou no topo da parada de discos da “Billboard”.
Aí veio o fatídico ano de 2010, quando Demi ainda estava na estrada, em turnê com os Jonas Brothers. A jovem se internou voluntariamente em uma clínica de reabilitação após ter um surto de ciúmes de seu então namorado Joe Jonas, com uma dançarina. Demi depois contou em diversas entrevistas que sofreu bullying quando estava na escola, o que gerou transtornos alimentares, bulimia, auto-mutilação, e depois bipolaridade.
Nesse contexto todo, após ficar três meses em recuperação, Demi voltou com tudo em 2011 com o disco “Unbroken”. Contrariando as expectativas que diziam que a cantora deveria encerrar a carreira, ela ressurgiu das cinzas com um verdadeiro hino de superação, música cantada a plenos pulmões por todos os fãs nos shows, “Skyscraper”. Além disso, o álbum entra de vez no mundo pop, com batidas mais radiofônicas. É deste trabalho a faixa “Give Your Heart a Break”, considerada a segunda melhor música de artistas que vieram da Disney. Para seu retorno triunfal, Demi contou com várias colaborações especiais: Missy Elliot, Timbaland, Dev, Iyaz e Jason Derulo, além da ajuda de Ryan Tedder nas composições. 
Depois do sucesso do terceiro disco de estúdio, mais centrada, mais feliz, de bem com a vida, a cantora voltou com “Demi”. O trabalho é mais conceitual e menos autobiográfico, cheio de hit farofa como “Neon Lights”, que nomeia a atual turnê, e revela um certo flerte com as batidas eletrônicas. O primeiro single foi a poderosa “Heart Attack”, que chegou a 10.ª posição do Hot 100 da “Billboard”. Apesar de já ter deixado a rehab há algum tempo, os problemas enfrentados ainda são a maior fonte de inspiração, resultando em músicas como “Really Don`t Care”, "Fire Starter"  e "Warrior". De longe, o melhor álbum de Demi.

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